Uns dias atrás,
tive uma pequena discussão com um rapaz em uma rede social, onde ele
respondeu a uma postagem de sua própria tia criticando a greve do
setor de educação em defesa do atual prefeito da minha cidade.
Bom, pra resumir o
motivo da greve, entre outros abusos cometidos, nossos salários, sem
ter um calendário fixo de pagamento atualmente, tem tido atrasos de
quinze dias pra muitos e até mais do que isso para outros, sendo
ferida a lei que determina o pagamento até o quinto dia útil do
mês.
Em seu comentário,
o rapaz querendo ofender a classe, pôs entre parênteses a palavra
“educadoras”.
Não sabia ele que
ele apenas estava reforçando uma verdade!
Professores acabam
sendo multitarefas em sala de aula… Isso faz parte da nossa
realidade. Tomamos emprestado e, usam termos emprestados pra nos
nomearem também: “artesãos”,
“atores/atrizes”, “psicólogos”, “comediantes”,
“Educadores/pais/mães”, “etc”.
São tantos termos
indicando os papéis que desenvolvemos em nossa prática docente, que
eu poderia fazer essa postagem ficar enorme, apenas com palavras
entre parênteses. Mas, isso não vem ao caso.
O que fez-me
escrever essa postagem foi o sentimento que o rapaz apenas reforçou
em mim. Uma verdade: Sou professora, com muito prazer. Profissional
da área da educação básica escolar.
Como todo
profissional, recebo salário por exercer meu trabalho, e nenhum
profissional, seja de qual área for, aceitaria trabalhar de escravo,
ou seja, sem salário.
Quanto aquele
sentimento de amor, ele não está descartado por nós, professores,
mas o erro está em como nos veem.
Trabalhamos com
amor, e não por amor!
Nossa categoria é
uma das menos valorizadas nesse mundo, mas mesmo assim temos orgulho
de ensinar o que sabemos aos outros com aquele fundo utópico de
esperança de podermos transformar o mundo (ou pelo menos a vida de
quem passar por nossa sala de aula).
O sistema sempre
quer virar o jogo contra nós, mas não desistimos mesmo
assim.
Mesmo que muitos dos meus colegas de profissão tenham desanimado, nossa classe é forte e sempre será, pra desgosto do governo corrupto.
Mesmo que muitos dos meus colegas de profissão tenham desanimado, nossa classe é forte e sempre será, pra desgosto do governo corrupto.
Podem nos chamar de
qualquer termo entre parênteses, nós não nos ofendemos. Mas
reforçamos nosso orgulho de sermos PROFESSORES!
Pesquisando sobre a
etimologia do termo “professor”, acabei encontrando algo tão
apenas… Perfeito pra nos definir de forma exata:
“Já reparou como
as palavras profissão e professor se parecem? Elas nasceram da mesma
raiz etimológica, o que faz todo o sentido: o professor é a
primeira das profissões. Todas as outras especialidades e
habilidades técnicas só podem existir quando há professores
ensinando-as aos seus discípulos. Toda profissão precisa de
professores. […] O que é ter uma profissão? O que é ser
professor? Ambas as palavras derivam do latim professum, que por sua
vez vem do verbo profitēri: "declarar perante um magistrado,
fazer uma declaração, manifestar-se; declarar em alto e bom som,
afirmar, assegurar, prometer, protestar, obrigar-se, confessar,
mostrar, dar a conhecer, ensinar, ser professor" (Houaiss).” -
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0033.html
Bom, é isso!
Fontes:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0033.html
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=professor
http://www.gramatica.net.br/origem-das-palavras/etimologia-de-professor/
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